Cadê o PAI que tava aqui?

Passado o dia das Mães, vamos falar um pouco do pai?

Pois é, pode parecer incongruente, mas o fato é que a comoção que é gerada nessa época do ano em torno da figura da MÃE, pode ser uma boa oportunidade para falarmos da função ativa do PAI no desenrolar da vida familiar, e refletirmos sobre o potencial educacional desse belo “DUO PAI & MÃE”.

Muitas vezes não nos damos conta da relevância dos nossos comportamentos diante das crianças, e seus reflexos futuros. Não estou me referindo apenas a coisas como pais que usam determinada linguagem, e falam  palavrões diante das crianças, que certamente os terão numa lista especial do vocabulário infantil, ainda em desenvolvimento. Estou me referindo a comportamentos do homem, como pessoa, como marido e parceiro, e nas suas atitudes com sua esposa, que podem desmerecer as funções maternas e femininas de modo geral. Assim também me refiro a comportamentos da mulher que muitas vezes desvalorizam a participação paterna no contexto familiar.

Vamos ver o “DUO” sob essas duas perspectivas…

Pegarei como exemplo um casal com uma história de amor e relacionamento bem legais. um casal que se curte, se casa e planeja seu futuro com carreira profissional, viagens, casa própria e filhos. O casal continua se curtindo e tudo vai se desenrolando dentro do planejado até a gestação, parto, nascimento.

Só que depois que o bebê nasceu algo muda entre o casal.  Não estou falando da chegada de um bebê, que esperadamente altera a rotina da casa. Estou me referindo à chegada de uma nova pessoa que, no contexto do casal, altera as relações interpessoais. (Aqui vou dar um tempo para você ir lembrando como você viveu esse momento.

 

 

Colocando o foco no Comportamento dessa Mãe

Bom, a criança é linda, está crescendo, e o pai… está dormindo no sofá, porque não tem lugar para ele na cama de casal.  A esposa, hoje, só tem cheiro de leite. Sim, ele sabe que esse período vai passar,  mas quando? E ele ainda lembra daquele perfume que escolheram juntos na lua de mel em Paris…ahh.  Enquanto isso, ele tem uma mistura de sentimentos, desde a saudade da sua esposa até o orgulho do seu bebê. Ele quer ajudar com o bebê, mas ela acha que ele é um tanto desajeitado, o critica e não tem tempo de ensinar. Ele ainda lembra do perfume… Ela fica nervosa quando o bebê tem febre, se irrita com o marido que, tão novo na função de pai, quanto ela na de mãe, não sabe bem o que fazer e reclama que precisa dormir para trabalhar cedo no dia seguinte. Ela vai adquirindo experiência maternal e ele vai adquirindo distância da maternidade dela, e da sua própria paternidade!

Essa era a esposa, hoje aprendiz de “mamãe perfeita”, gerando um pai  potencialmente ausente.

A figura de um pai pouco presente e/ou pouco atuante (e são coisas diferentes*) pode ser explicada e compreendida por uma narrativa como essa. Contudo, seria de se pensar que essa nova configuração familiar poderia ser revista pelo casal, fundador voluntário de uma família, como modo de aprimorar o desenvolvimento dessa mesma família.

 

                             A sugestão aqui é tentar trazer uma percepção mais consciente                                  e refletida nas atitudes em relação ao parceiro.

 

 

 

 

Agora, colocando o foco no Comportamento desse Pai

Partindo dessa narrativa ou de outro conto do gênero, temos esse companheiro, que já era uma pessoa formada em seus valores quando se casou. É bem provável que o casal compartilhe de grande parte desses valores. E esperamos que sim, pois assim como foi na contribuição dos genes para a formação do embrião, meio a meio, será na contribuição dos valores para a formação dos filhos.

Falávamos de uma mãe que, de forma pouco consciente, minimizou o valor da figura paterna. Agora falaremos de uma pai que também, por certa inconsciência, minimiza a figura feminina.

Numa família,  a figura feminina – e tudo o que implica ser mulher, pode ter maior ou menor valor a partir dos comportamentos revelados por todos, não só pelos homens. Porém, considerando a origem patriarcal da sociedade na qual vivemos, pode ser uma boa ideia começar a  revisar e regular o valor dos gêneros, masculino e feminino dentro do lar.

Para isso pode ser bem interessante saber que os exemplos que o pai dá aos seus filhos, no modo como trata e se relaciona com a sua esposa, estarão diretamente ligados ao valor que será atribuído pelos filhos, menino ou menina, para a figura feminina, começando hoje pela figura dessa mãe, indo num futuro próximo  para a figura feminina na sociedade, de modo geral.

Vale lembrar que o filho pequeno de hoje, que começa sua relação com o feminino através da figura da sua mãe e da irmã (se tiver essa sorte!),  e depois das mulheres da família, como avós, tias, primas,  na sequencia com colegas de classe, será um homem amanhã, e se relacionará com as mulheres do mundo que o cerca

Comumente, quando, pequenino, um filho tende a se identificar com o pai e com seu comportamento masculino. Do mesmo modo, uma filhinha, desde pequena tende a se identificar com a mãe, com seu comportamento feminino. Crianças observam e absorvem, desde muito cedo o comportamento dos pais e logo os transportam para sua brincadeiras, sejam de casinha ou de carrinho. As atitudes dos pais são reapresentadas em alegorias divertidas, conforme essas vão sendo digeridas pelos filhos.

Lembra que mencionei a a figura de  um pai pouco presente e/ou pouco atuante, dizendo que eram coisas diferentes? Então, só para ajudar numa reflexão, de pai e de mãe, cada vez mais consciente…

 

pai  ou mãe pouco presente –  tem pouco TEMPO para estar com os filhos. 

pai  ou mãe pouco atuante –  tem pouca MOTIVAÇÃO para estar com os filhos.

 

Se você quiser trocar mais ideias sobre esse tema, escreva para mim!

Sou Claudia Klöckner, sua Parental Coach.

 

 

Comments

comments

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *