“Bi”lingua solta!

Moramos no Brasil. Falamos português! Mas o mundo moderno precisa de bilíngues, trilíngues. Os pais primam por tentar proporcionar o melhor aos seus filhos. As escolas buscam se adequar às exigências do mercado e as mais modernas denominam-se e tentam ser bilíngues: ensinam inglês (ou alemão, francês, mandarim, etc.) para a criança que mora no Brasil e tem pais falantes do português.

Nesse caso, como ter certeza, ou tentar estar o mais certo possível de que está fazendo a coisa adequada, dando ao seu filho, a oportunidade de crescer convivendo com duas ou mais línguas concomitantes?

Vão aí 3 dicas básicas:

1 – Defina quem fala que língua!

Em casa, se há bilíngues, o pai e a mãe devem combinar entre si, e cada um assumir uma língua com a criança, que rapidamente compreenderá esse funcionamento. Caso essa determinação não seja clara, a confusão ira para a cabecinha da criança, que vai travar no vocabulário e na sua relação social (e afetiva) com os pais e demais parentes.

Na escola, deve ocorrer o mesmo: cada professor fala uma língua. Se uma professora, ora fala português, ora fala inglês, pode contar que as crianças vão falar português com ela. Isso porque as crianças escolhem intuitivamente, pela busca de socialização, a língua pátria, para falar entre si.

2 – Entenda que língua é cultura!

É preciso lembrar que uma língua, seja ela qual for, está diretamente ligada a uma cultura. Podemos não refletir muito sobre isso quando falamos “o português nosso de cada dia”, sendo essa a língua pátria de quem nasceu e cresceu no Brasil, comendo arroz com feijão. Mas basta pensarmos na variedade de formas de se falar o português, Brasil afora: em Minas Gerais que se come os “finalsin”, no Rio de Janeiro que se carregam os “pluraix”, no Sul que se repucha o “R” tche, no Norte que se fala “cantano, ô  mainha”; e agora pensar como é o arroz com feijão de cada uma dessas regiões?! Dá pra gente se divertir com a diversidade, não é mesmo?

Então, agora, imagine se oferecemos uma língua estrangeira e não compreendemos o que faz (ou fez) dela o que ela é? Línguas estrangeiras, ensinadas para crianças, chegam repletas de brincadeiras, trava línguas, rimas, canções folclóricas ligadas às festividades, estações do ano.

3 – Não seja “papagaio de pirata”!

Bem ruim, mas ruim mesmo é falar um “brasingles” repetindo o que a “teacher falou da sua homework”. Os pais não precisam falar a língua estrangeira fluentemente, ou se não sabem nada da língua, ok.  Porém, precisam saber do que está se tratando, ter interesse genuíno, integrar-se ao assunto, dando a devida importância.

 

A melhor ajuda para a formação de filhos bilíngues é se interessar sem atrapalhar!

Ainda voltaremos a falar disso… 😉

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