LIMITES EM 3 TEMPOS

Nas escolas, nos grupos das redes sociais, esse é um assunto que sempre ressurge. Vamos ver por quê:

 

1ª Por que é que falamos tanto em limites, atualmente?

Bem, possivelmente porque estamos enfrentando um período de muitos conflitos com eles, os limites.

E não sem motivos, já que os papéis e funções familiares estão sendo revistos, acompanhando a tendência de tantas mudanças sociais.

Aqui, abro um parênteses: Toda mudança implica numa fase de transição, a mais difícil. Quando mudamos de casa, por exemplo, o mais difícil não é entrar na casa nova, e sim organizar-se para deixar a casa velha. Assim, aqui também, precisamos nos organizar para uma nova perspectiva das relações familiares, criando condições para lidarmos com um novo conjunto de conceitos em educação, adequados aos novos tempos. Fecho o parênteses.

Agora, compreendemos que é natural essa necessidade de falar sobre um assunto que conhecemos pela nossa própria estória, desde que nós fomos educados por nossos pais, mas que não está mais na ordem ou na linguagem que conhecíamos.

 

2ª Por que os limites são relevantes?

No texto “Bebê e Rotina” (na categoria de 0 a 2 anos) conversamos sobre os efeitos positivos da rotina, tanto no seu potencial organizador na vida da criança, como no seu aspecto orientador das atitudes dos pais. E esse é o princípio do “Limite”, no auxílio à estruturação dos combinados, das regras e de suas exceções.

A ROTINA É A MELHOR FERRAMENTA PARA A TRANSMISSÃO DA PERCEPÇÃO DA SEGURANÇA E CONFIABILIDADE, NA CRIANÇA.

O que a frase acima nos diz é que receber “sim” ou “não”, na hora certa, nada mais é do que amostragem de limites, que no seu conjunto levará a criança a compreender esse tipo de atitude, do adulto, como cuidado e bem querer.

Em contrapartida, sem limites, é provável que a criança compreenda que não há um cuidador responsável pelo seu bem estar.  E viver sem cuidados resulta no sentimento de abandono e de falta de amor. Isso gera insegurança.

 

3ª O que pensa/sente a criança sem limites?

Se a insegurança gerada pela “falta de limites” é a representação clara de falta de cuidado e de amor da parte de quem cuida, a criança interpreta que não é amada e que ela não é importante para os pais.

Isso a levará à criação de artimanhas para ser notada, na busca de sentir-se querida e importante!

É nesse contexto que birras, pirraças, escândalos se potencializam. Não quer dizer que criança com limite nunca tente um truque. Quer dizer que se a manobra não der certo – porque existem regras determinadas, e essas têm consistência – ela vai compreender com muito mais facilidade.

 

Assim podemos entender que são os pais que estão determinando, com seus “combinados” e “regras”, mais ou menos consistentes, de que modo seu filho vai se sentir mais ou menos importante e querido, mais ou menos seguro!

 

Espero que o texto tenha ajudado na sua dúvida sobre limites.

Se quiser saber mais sobre esse ou outro assunto, mande um e-mail. será um prazer responder!

 

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